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CEFET-MG

Conselho de Educação Profissional e Tec. aprova regulamento de projetos de ensino

Terça-feira, 30 de maio de 2023
Última modificação: Terça-feira, 30 de maio de 2023

Atividades vão complementar e ampliar o conhecimento da sala de aula com diferentes metodologias e propostas interdisciplinares

Terça-feira, 23 de agosto de 2022, às 7h55

O Conselho de Educação Profissional e Tecnológica do CEFET-MG (CEPT) aprovou o regulamento institucional dos projetos de ensino. Agora, iniciativas de atividades extraclasse propostas por professores da Instituição poderão ser sistematizadas e reconhecidas.

Mabel Couto, professora do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCSA), participou da comissão responsável por elaborar o regulamento, com os professores Leandro de Andrade e Leonardo Diniz. Ela conta que os projetos vão produzir maneiras de melhorar o processo de ensino-aprendizagem e sistematizar conhecimentos. “Os projetos de ensino se constituem em ações de intervenção e de atividades didático-pedagógicas, de oferta temporária e preferencialmente de natureza integradora, inter, multi ou transdisciplinar”, explica.

O caráter amplo dos projetos de ensino busca justamente possibilitar a aplicação de diversas metodologias de ensino. Seus objetivos são reforçar e ampliar os conhecimentos passados em sala de aula: “os projetos poderão ter como objetivos específicos articular de maneira contextualizada os conhecimentos teóricos e práticos; possibilitar o acesso aos conhecimentos não disponibilizados pelo sistema educacional; desencadear processos inovadores na prática pedagógica a partir da integração entre diferentes áreas de conhecimentos, cursos e/ou componentes curriculares; entre outros”.

Mabel reforça que os projetos de ensino não substituem as aulas presenciais e não devem ser usados para antecipar conteúdos curriculares. A ideia é aprofundar e complementar as competências e habilidades dos estudantes.

Novos aprendizados

A aprovação dos projetos de ensino trará aos alunos novas oportunidades de aprendizagem, com atividades que extrapolam os conteúdos e formas de ensino usadas na sala de aula. Mabel Couto afirma que três questões fundamentais balizaram o desenvolvimento dos projetos de ensino. Em primeiro lugar, conta a professora, os projetos devem, necessariamente, prever atividades extraclasse, “embora possam atravessar e integrar a carga horária e o conteúdo de uma ou mais disciplinas”. Os projetos de ensino também devem ter como resultado uma produção acadêmica, artística ou tecnológica. “Os projetos devem trazer resultados a serem demonstrados, abrangendo as áreas de produção de uma instituição de ensino tecnológico, que enxergam o ser humano em todas as suas dimensões”, explica Mabel. Assim, os projetos podem se derivar em criação de material didático, artigo científico, exposições, produção de vídeos e podcasts, criação de protótipos, entre diversas outras possibilidades. Por fim, aponta a professora, o regulamento também prevê que as atividades de organização, preparação e participação em provas específicas, como as Olimpíadas Acadêmicas, podem ser formalizadas como projetos de ensino.

Com a aprovação pelo CEPT, a Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica irá receber as propostas em fluxo contínuo, e uma comissão, composta por docentes representantes de todas as áreas, irá avaliar os projetos.

Experiências anteriores

A experiência dos projetos de ensino não é nova. Durante o período de Ensino Remoto Emergencial (ERE), um edital foi publicado pelas Diretorias de Educação Profissional e Tecnológica (DEPT), de Graduação (DIRGRAD) e de Pesquisa e Pós-Graduação (DPPG), que selecionou 150 atividades não presenciais, que incluíram estudos dirigidos, pesquisas, realização de grupos de estudos, minicursos, oficinas, entre outras. O edital foi inspirado na minuta recentemente aprovada pelo CEPT – a comissão já trabalhava na concepção e elaboração dos projetos de ensino desde 2019, pesquisando as normas sobre o assunto em outras instituições que já têm a prática consolidada.

Um destes projetos foi o “Clio de Quarentena”, organizado pelos professores Flávio Giarola e Kellen Silva, do campus Divinópolis. O Clio apresentava lives quinzenais sobre temas relacionados à História, Sociologia e Filosofia, com uma abordagem diferente da que normalmente é apresentada em sala de aula. Segundo o professor Flávio Giarola, projetos como esse “têm muito a acrescentar, visto que dialogam com uma linguagem próxima a que os alunos estão acostumados nas redes sociais”.

Maria Júlia Ramos, formada em Produção de Moda pelo CEFET-MG, acompanhou diversas das lives e conta que se interessou pelas propostas, pois era “um jeito menos formal de aprendizagem, não por obrigação, mas um bate-papo sobre como chegamos até aqui”. Ela avalia que atividades extraclasse como essas são benéficas por trazerem novas metodologias e fugirem da sala de aula convencional: “gera uma atmosfera diferente, que dá menos medo de errar e nos deixa mais à vontade para participar”.

Acesse a íntegra do Jornal Diagrama no site da Secretaria de Comunicação Social.

Coordenação de Jornalismo e Conteúdo – SECOM / CEFET-MG